Por que agora?
Em 2024, as ferrovias brasileiras alcançaram 540,26 milhões de toneladas úteis transportadas, o maior volume em duas décadas. Além disso, a carga geral atingiu 150 milhões de TUs, consolidando um ritmo de expansão que vale ser convertido em eficiência operacional já em 2025.
Em 2025, entre janeiro e julho, o setor manteve o compasso, com 302,95 milhões de toneladas — ligeiro avanço de 0,16% sobre o mesmo intervalo do ano anterior. Portanto, o cenário é favorável para atacar gargalos e capturar ganhos rápidos de produtividade.
O que puxou o volume e onde surgem gargalos
O minério de ferro respondeu por cerca de 72,1% do total, seguido pelo agronegócio (18,6%) e combustíveis/derivados (6,5%). Contudo, justamente nesses fluxos de alto volume aparecem restrições típicas: headway nas linhas-tronco, dwell acima do esperado em pátios, janelas de manobra comprimidas e variação de tempo de ciclo por trecho. Assim, priorizar visibilidade fim a fim e resposta em tempo real deixa de ser diferencial e vira necessidade.
Além disso, os boletins mensais da ANTF oferecem os recortes por tipo de carga e período, úteis para identificar sazonalidade e calibrar metas de eficiência por corredor.
Indicadores de eficiência que “movem a agulha”
Para transformar volume em desempenho, vale monitorar, e agir, sobre indicadores operacionais que conversam com telemetria e vídeo:
- Tempo de ciclo por trecho/composição (origem → destino → retorno).
- Headway médio e variação de headway por faixa horária.
- Dwell time em pátios (chegada, inspeção, formação e liberação).
- Taxa de near-miss (cruzamentos, passagens em nível e pátios).
- Disponibilidade da frota de apoio (via/OBE, hi-rail, manutenção).
- Velocidade média de percurso vs. velocidade programada.
- MTBF/MTTR de ativos críticos e aderência a janela de trilho.
Na prática, esses KPIs permitem correlacionar eventos (videotelemetria) com impacto em produção, o que acelera o ciclo de melhoria contínua.

Casos de uso — do pátio à linha-tronco
1) Geofences e gestão de cruzamentos críticos
Com cercas eletrônicas em PNs e pontos de conflito, alertas são disparados quando o nível de risco cresce (ex.: veículo parado sobre a via). Consequentemente, a central pode acionar protocolos e registrar evidências em vídeo para auditoria e treinamento.
2) IA para fadiga e distração (DMS)
Câmeras de cabine com Driver Monitoring System detectam sinais de fadiga, distração e uso de celular. Assim, o sistema gera alertas sonoros e eventos no dashboard, enquanto insights agregados ajudam a planejar escalas e pausas mais seguras.
3) Telemetria de via/OBE e hi-rail
Sensores IoT em vias permanentes, veículos de inspeção (hi-rail) e comboios de manutenção leem vibração, temperatura, consumo e padrões de esforço. Desse modo, anomalias alimentam manutenção baseada em condição e priorização de janelas.
4) Pátios inteligentes com videotelemetria + OCR
Câmeras com OCR de vagões/placas vinculam cada movimento ao WMS/TMS, reduzindo erros de formação. Além disso, regras operacionais (ex.: tempo máximo de conferência) disparam alertas de dwell e ajudam a recuperar o plano rapidamente.
5) Analytics de headway e despacho assistido
Modelos preditivos cruzam velocidade real, restrições temporárias e ocupação do trilho para sugerir sequenciamento e replanejamento. Portanto, o despacho ganha alternativas de baixo impacto para absorver atrasos.
ROI prático — segurança e disponibilidade que viram produção
- Menos incidentes e near-miss: com DMS + geofences + procedimentos de resposta, concessionárias reduzem a exposição a eventos críticos e economizam com paralisações. Como resultado, há mais trilho disponível para o plano de trens.
- Mais disponibilidade de ativos: manutenção por condição reduz falhas não planejadas e MTTR, elevando a janela efetiva de circulação. Logo, o tempo produtivo cresce.
- Giro de pátio mais rápido: videotelemetria + OCR encurtam dwell, e a liberação ágil do trem antecipa janelas. Desse modo, a capacidade prática aumenta sem CAPEX pesado.
Regra de bolso para estimar impacto
- +1% de disponibilidade na frota de apoio e pátios costuma destravar minutos por trem, o que, somado, gera horas de janela por dia.
- –15% de dwell em pátio crítico tende a refletir +1–2% de produção mensal, dependendo do corredor e da compressão de janelas.
- –30% de eventos de fadiga/distração reduz paradas e investigações; por consequência, melhora o OTIF e estabiliza o headway.
Como a Creare conecta as peças
A abordagem da Creare combina videotelemetria com IA, telemetria CAN/IoT e dashboards em um fluxo único: equipamento → evento → evidência → indicador → ação. Em outras palavras, o time operacional enxerga o que aconteceu, onde ocorreu, por quanto tempo, com quem e qual o efeito no plano.
Além disso, nossa central 24/7 integra protocolos de resposta, SLA de atendimento a alarmes e gestão de mudanças, garantindo que cada insight se converta em procedimento e resultado.
Fontes: Ministério dos Transportes (recorde 2024; desempenho jan–jul/2025; composição por carga) e boletins ANTF (séries mensais e recortes por mercadoria).
Da oportunidade ao ganho recorrente
O recorde de 2024 e a manutenção do ritmo em 2025 sinalizam capacidade para melhorar sem, necessariamente, grandes obras no curto prazo. Portanto, usar IoT, videotelemetria e DMS para reduzir dwell, estabilizar headway e aumentar disponibilidade é o caminho mais rápido para transformar volume em resultado recorrente.
Com a Creare Sistemas, a gestão de veículos e máquinas se torna mais ágil, inteligente e eficiente.
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